Reargindo
“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa. Sossega e depois desinquieta. […]
Leia MaisFonte: Adobe Firefly
Deixando as brincadeiras de lado, é engraçado observar como eu e meus amigos nos comportamos depois de tanto tempo. De acordo com minhas contas, estamos chegando a quase 25 anos de amizade. Como todo relacionamento, tivemos nossos altos e baixos, mas por fim seguimos firmes e unidos, mesmo com todas as diferenças e adversidades. Não que alguém tenha causado algum problema, muito pelo contrário. Os baixos são causados pelas mudanças que todos enfrentamos ao longo da vida (namoro, casamento, trabalho, filhos, etc.). Mas, sempre que estamos juntos, é mágico. A liberdade e a intimidade criada ao longo desse quase quarto de século é algo extraordinário. Relembrar as histórias, ver os filhos interagindo, é uma sensação tão boa que chega a ser quase indescritível.
Já falei, nesse texto aqui, sobre os diferentes tipos de amizade e sobre as mudanças que ocorrem durante a maturação dela. Uma amizade por interesse pode se tornar verdadeira com o passar dos anos. O contrário, não penso que possa ocorrer. Não dá para “dar um passo atrás” na amizade. Um cenário, sem hipocrisia, onde uma pessoa volta a ser um “colega” de quem já foi um grande amigo? Para mim, totalmente improvável. Amizade, para mim, é um relacionamento baseado na honestidade. Podemos até perder alguns interesses em comum, mas se houver quebra de confiança, dificilmente ela se recuperará.
Mas o que o título tem a ver com toda essa história de amizade de que você até agora vem falando? Deve você, meu caro leitor, estar se perguntando.
Outro dia, não me lembro bem quando e onde, me perdi em alguns pensamentos e comecei a imaginar que a amizade siga, de uma certa forma, o fluxo de um rio. Desde sua nascente até desaguar no oceano, o rio vai passando por diversas dificuldades, momentos em que está mais raso e outros em que está mais profundo. Passa por diversos obstáculos, como cachoeiras, cidades, barragens e eclusas. Ao longo do seu caminho, se encontra com uns e se separa de outros, mas segue sempre firme rumo a seu destino, o oceano. Alguns mudam inclusive o trajeto, mesmo que momentaneamente.
A amizade, quando começa, é uma nascente, que se transforma num rio. Vai amadurecendo e transpondo obstáculos, ganhando corpo e força com seus afluentes, conquistando o próprio espaço através de sua jornada. E quando finalmente deságua no oceano, ali ela se mostra firme e confiante, quando nada mais será possível abalá-la. É aí que ela se torna verdadeira e eterna.
Na última semana, surfei e peguei jacarés com meus comparsas, no mar da nossa amizade.
Mais um caco espalhado por aí…
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