Alinhado e desbalanceado
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Leia Mais“Gostaria de tornar pública a minha total insatisfação com o processo eleitoral…”
Dias atrás, lendo uma crônica do inoxidável Rubem Braga, me deparei com um termo que, de acordo com minha memória, há muito tempo não vejo em textos ou matérias. No texto, ele dizia que repudiava certas atitudes ou situações. Não me lembro exatamente a que ele se referia, mas isso também não vem ao caso. Quando li o termo, a primeira coisa que veio à cabeça foi política. Pensei na política “eleitoreira”, aquela dos nossos digníssimos e honrados (contém ironia) candidatos, ou que já ocupam o cargo, em qualquer esfera de poder.
Já a política da boa vizinhança, por exemplo, apoio e sou adepto. Ela é necessária para um bom convívio com nossos vizinhos, colegas de trabalho, amigos, namoradas(os) e até mesmo dentro da nossa própria família. Mas acredito também que essa política da boa vizinhança é mais uma questão de bom senso (coisa que nossos candidatos não têm, ou pelo menos fingem que não) do que o jogo político propriamente dito.
Sim, política é um jogo. Se você acredita que era apenas boa vontade de querer ver uma sociedade, país, cidade e/ou estado melhor, sinto desapontá-lo. Política é um jogo sujo, um toma-lá-dá-cá sem fim. Tudo é movido por segundas, terceiras e quartas intenções. De uma forma bem simples, nada é de graça. Para qualquer boa ação que um prefeito, presidente, vereador, senador ou deputado fizer propaganda, alguma coisa ele teve em troca. E para isso não irão medir esforços, e principalmente palavras, para nos convencer de que são a melhor escolha para fazer valer as necessidades da população. A política da boa vizinhança, a meu ver, é algo em que os 2 envolvidos ganham por igual, na “eleitoreira” raramente é assim. A população pode até ter alguma beneficência, mas o candidato terá muito mai$.
Para finalizar, pois esse é um assunto que acaba com meu quase raro bom humor, acho que as eleições deveriam ser iguais à escolha de um novo Papa. Quem realmente manda no país, os excelentíssimos ministros do STF, reúnem-se em conclave e escolhem quem vai ser o novo chefe do executivo. Não precisam nem soltar fumaça para informar (vamos pensar no meio-ambiente, srs Ministros) quando chegarem a um consenso, um simples gesto de joia, de uma janela ou varanda, já é o suficiente. Talvez para vereadores, senadores e deputados devemos deixar a escolha, através da votação, a cargo da população mesmo, já que essa tem algum tipo de fetiche/tara em ser iludida por candidatos pouco, ou quase nada, honestos, mas que sabem, com suas palavras, engambelar com louvor o nosso querido e carente povo brasileiro.
Em tempo, existem políticos honestos e com real interesse em melhorar as condições de vida da população, mas são uma minoria tão inexpressiva que não tem quórum suficiente nem para fazer parte das estatísticas.
. . .
Pensando bem, talvez essa não seja a melhor ideia. Daqui a pouco vão dizer que é uma ditadura disfarçada, comunismo, fascismo. Defensores da monarquia e do parlamentarismo (re)aparecerão. A solução? Como diria o saudoso Maluco (que de maluco não tinha nada) Beleza, a solução é alugar o Brasil! Nós não vamos pagar nada, é tudo Free!!
Mais um caco espalhado por aí…
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