Quando o nada é alguma coisa
“O silêncio é um amigo que nunca trai.” — Confúcio — E aí? — Fala, fera. Tranquilo? — Opa, e […]
Leia MaisImagem: Acervo pessoal
“Quem cresceu nos anos 90 e 2000 sabe o valor de um bom Discman, uma varanda tranquila e uma trilha sonora que ia de Celine Dion a Tião Carreiro. Em meio a CDs riscados e Marlboros vermelhos, nasceram devaneios, declarações e reflexões que viraram lembranças — e agora, crônica. Neste texto, convido você a revisitar comigo esses momentos cheios de som, saudade e imaginação.”
Renato Teixeira, Beatles, Tião Carreiro, Aerosmith, Pena Branca e Xavantinho, Raimundos, Toquinho, Celine Dion, Acqua, Bryan Adams, Marco Brasil, Jorge Ben (Jor?), Spice Girls, entre muitos outros… Nossa, que salada musical.
Você deve estar pensando: o que será que todos esses artistas e bandas têm em comum? Pois bem, eu ouvia todos eles no meu Discman Aiwa, enquanto observava a minha querida e pacata São Carlos (foto acima, feita por este que vos escreve, inclusive). Foram incontáveis noites na varanda do meu quarto, ouvindo música, fumando um Marlboro (o vermelho!), tirando fotos e apreciando essa vista da capital do clima — a cidade da tecnologia. Essa paisagem da foto era a vista da janela lateral do meu quarto de dormir.
Incontáveis crepúsculos e alvoradas, sentado na soleira que separa a varanda do quarto, refletindo, observando… e, por que não, viajando. Viajando nos meus pensamentos, imaginando histórias e situações que nunca se tornariam realidade. E tudo bem. Pintava cenários, fantasiava possibilidades — das mais improváveis às quase possíveis. Sim, meus amigos, eu sempre fui um sonhador. E ainda sou.
A diferença é que, hoje, as peripécias que antes habitavam somente o meu (in)consciente, compartilho aqui com vocês, através deste blog.
Inúmeras “DRs” comigo mesmo — e com futuras (que nunca se tornaram) namoradas. Criava diálogos, sempre em cenários cuidadosamente escolhidos, onde conseguia declarar, sem timidez, todo meu amor e paixão. Declarações, serenatas… tudo fazia sentido no fantástico mundo de Caco.
Sem falar nos meus monólogos existenciais, onde me imaginava dando palestras para multidões desacreditadas, sedentas pela verdade — a minha verdade. Praticamente um coach aprisionado. Inclusive, cheguei até a perguntar para minha esposa se eu não tinha vocação pra tal ofício… Mas essa história fica para outro texto.
Lendo isso, você pode até achar que sou excessivamente nostálgico. Mas se relembrar com carinho os momentos bons (e até os ruins) for a definição de nostalgia — então, sim, sou nostálgico com orgulho. Nostálgico, sim, mas, preso ao passado, jamais.
O professor Egydio, meu mestre de história lá no colégio Diocesano La Salle, fazia questão de sempre lembrar a seguinte frase a seus alunos, em todas as aulas:
“Para entender o futuro, precisamos conhecer o passado.”
Nos meus quarenta e poucos anos, já vivi de tudo um pouco: alegrias, tristezas, empolgações e frustrações. Da mesma forma que, na época, não tinha maturidade para entender, hoje tenho para algumas. E revisitar momentos da minha história me faz refletir. Me ajuda a não repetir os mesmos erros. Afinal, em qualquer situação — boa ou má — sempre é possível extrair algo positivo.
Pense nisso.
Mais um caco espalhado por aí…
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Posso contar com você? #espalhandooscacos
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Sempre vai acontecer um dia, que você junta tudo mesmo o que não se junta e mistura tudo mesmo que não se misture. Tudo estava separado, cada qual no seu lugar, quem bagunçou tudo foi eu mesmo.
Tudo junto e misturado, essas são as melhores bagunças! Do “caos” surgem as melhores ideias e reflexões.