A passos de tartaruga

07 de fevereiro de 2024 - Categoria: Artigos, Filosofia Barata, Humor, Imaginação, Inspiração, Novidades

Imagem de Freepik

“Às vezes o tempo anda mais rápido que a gente consegue acompanhar. Esta crônica é um passo lento — mas firme — sobre continuar, mesmo quando tudo pede pressa.”

Confesso que essa semana está esquisita, não sei dizer o motivo. Me bateu um desânimo infindável, disposição zero para qualquer coisa. Mas tenho que seguir em frente, apanhar nas profundezas do meu âmago força e motivação para continuar com as tarefas diárias, cumprir com minhas obrigações. Analisando friamente, não tenho motivos para tamanho abatimento, a vida está boa, estável e com saúde. Em relação ao trabalho, tudo às pampas, sem preocupações financeiras. Mas, o desânimo me derruba.

Essa semana, apenas estou aqui. Não me vejo nem como um figurante, sou parte do cenário. Uma samambaia, com a ajuda do vento para balançar, faria mais do que eu. Gordinho que estou, precisaria de um ciclone para me fazer movimentar. E por esses e outros motivos, vim aqui escrever. Quem sabe de alguma estapafúrdia maneira, consigo esclarecer os motivos desse abatimento. Ou não.

Confesso que esses episódios de melancolia são fortuitos. De tempos em tempos bate esse vento frio que vem do sul. Nesse último final de semana, viajei, fui a shows e exposições. Deveria ter voltado com a energia renovada, com disposição para dar e vender. Contar sobre as experiências e incentivar os outros a fazerem o mesmo. Mas, no fundo, sinto que eles não querem saber do que fiz ou deixei de fazer, talvez seja esse o problema. Será que o problema está na forma como compartilho minhas aventuras? Talvez precise melhorar em como falar com as pessoas. Certa vez li, em algum lugar, que o problema de ser irônico é que quando a pessoa não entende a ironia, o idiota é você. Quem sabe o desinteresse esteja na retórica, não no enredo.

Talvez seja isso, quando conto algo para algumas pessoas, não sinto o interesse real delas, é como se estivessem escutando por obrigação. E isso me desanima. Ou então pode ser fome.

Vou até a esquina comer um pão de queijo (recheado com Catupiry, porque sou gordinho) e tomar uma Coca-Cola estupidamente gelada. E talvez um chocolate também, vejamos.

Enfim, bola para frente, segue o jogo. Não podemos agradar a todos (incluindo a nós mesmos). A passos de tartaruga, vamos caminhando, com força, foco e fé.

 

Em tempo: era fome. A vida segue bela!

 

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