Modesto, mas com moderação

14 de fevereiro de 2024 - Categoria: Artigos, Filosofia Barata, Humor, Imaginação, Inspiração

“Entre a modéstia verdadeira e a ostentação envergonhada, existe um território curioso. Esta crônica caminha por ele — com classe, ironia e um espelho de bolso.”

Admito, não gosto de receber elogios, mas odeio quando não reconhecem algo que eu faço (estou sendo hipócrita?). Vivo esse combate interno diariamente. Por isso, você que está lendo esse texto, já vai lá embaixo e deixe seu comentário. Me ajude a apaziguar esse embate no qual não haverá vencedor. Críticas, elogios e sugestões são sempre bem-vindos, em qualquer lugar e situação (continuo sendo hipócrita?). Tenho pra mim que sempre podemos melhorar e, para conseguir isso, além de estar sempre estudando, precisamos abrir a nossa cabeça para receber, analisar e absorver opiniões alheias. Ter consciência de que a nossa verdade NÃO é a única.

Odeio aquela chuva de elogios como se eu não tivesse defeitos, pois acontece que eu tenho e não são poucos. Aprendi com meu pai, um alemão extrovertido e com um coração enorme, que pessoas elogiando muito ou sendo prestativas demais é bastante suspeito, quase um presságio de desgraça (me lembram os políticos, sendo bem trágico!). Mas adoro receber um elogio na linha do bom trabalho, continue assim, ou até mesmo um simples, parabéns. Quando elogiamos alguém, na minha cautelosa opinião, menos é mais. Quanto mais direto e sucinto o elogio, crítica ou sugestão, melhor. E isso vale para pessoas simpáticas também.

Sim, simpatia tem limite. Para mim, pessoas simpáticas demais soam falsas e passam a sensação de que estão querendo aplicar um golpe ou tirar algum proveito, seu ou da situação (lembrei dos políticos de novo…). Assim como as sinceras (leia-se chatas) demais, que não têm papas na língua, que acham bonito dizer tudo o que pensam, na hora que querem, e se tornam inconvenientes expondo seus pensamentos e suas absolutas verdades, a tudo e a todos.

Mas, Caco, não podemos generalizar e dizer que todos são pessoas de má índole, que já vêm com maldosas segundas e terceiras intenções. Sim, eu concordo. Sei que existem pessoas demasiadamente simpáticas e prestativas, que querem apenas o bem (sem olhar a quem) e que não fariam mal a uma mosca. Mas, como em tudo no nosso grandioso paraíso tropical, conhecido como Brasil (e no mundo também, duvido que seja uma exclusividade tupiniquim), os bons acabam pagando pelas ações dos ruins e mal-intencionados. Use e abuse da sua proatividade e prestatividade, mas com moderação, assim como assumo minha hipócrita modéstia.

 

Mais um caco espalhado por aí…

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3 comentários

Comentários

  1. Roxanne disse:

    De todos os textos, me identifiquei digamos que quase 100%.
    Me recordo que já foi pauta de algumas conversas nossas. E sim, concordo em gênero, número e grau com o alemão extrovertido..rsrs digo mais, penso igual! Para mim, a sinceridade e o sincericídio é uma “linha tênue” mas eu vou sempre optar pela sinceridade. Parabéns! Esse eu gostei bastante (e não é elogio de puxa saco…rsrs)

    1. admin disse:

      Rsrs, que bom que gostou! Já se inscreveu pra receber as novidades?

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