Escutando com o Caco

19 de junho de 2024 - Categoria: Artigos, Filosofia Barata, Imaginação, Inspiração

Imagem: Adobe Firefly

Pois bem, conforme prometido aqui, vasculhei meus arquivos e encontrei o texto que escrevi sobre o disco Rubber Soul, dos Beatles. Algumas breves informações para dar um contexto: o Cacos do Caco não foi meu primeiro blog. Antes dele, houve o Blog do Caquito, a Toca dos Ogros — que fiz em parceria com meus amigos de Santa Bárbara do Oeste, João Jorge e Rodolfo — e o Rollografia, um blog sobre música, tattoo e fotografia. Esse post foi ao ar em abril de 2014, no Rollografia.

Agora que estamos contextualizados, “bora” pro vídeo texto:

 

Escutando com o Caco… Episódio de hoje: The Beatles — Rubber Soul

Inaugurando mais uma série aqui no Rollografia, irei falar um pouco sobre alguns discos que são/foram importantes para mim. São discos que marcaram uma época da minha vida e que continuam me marcando até hoje. A ideia não é fazer uma análise técnica, e sim algo mais descontraído. Vou tentar passar para vocês o que eu sinto quando escuto as músicas do álbum selecionado.

Antes de tudo, algumas informações sobre o disco, para saber com o que estamos lidando:

Artista: The Beatles

Álbum: Rubber Soul

Ano de lançamento: 1965

Gravadora: Parlophone

Agora, sim, vamos ao que interessa…

Por que escolhi esse álbum para começar? Bom, foi meu primeiro CD, meu primeiro disco de uma banda de rock, meu primeiro dos Beatles. Quando comprei meu primeiro vinil, fiz questão de que fosse uma edição de época desse disco, enfim, inúmeros motivos que irão mostrar que eu tenho um carinho e uma ligação muito especial com esse álbum.

Começando por Drive my car, o swing do baixo é algo fantástico, a letra e a melodia então nem se fala. Tanto é que Sir Paul até hoje continua tocando esse clássico em seus shows. Lembro que, quando estava no colegial, levava o discman para a aula e, enquanto os professores se emaranhavam entre prótons, genes e ervilhas, essa música me ensurdecia nos headfones. Quando ganhei meu primeiro carro, nem preciso dizer qual foi a primeira música que escutei, certo? Está na minha lista de músicas para se ouvir enquanto dirige. Se você nunca fez isso, deveria fazer, é contagiante.

Particularmente, acho esse disco um tanto quanto melancólico, músicas belíssimas como Norwegian Wood (na voz de John) e You won’t see me passam esse sentimento. Os backing vocals de John, Ringo e George em You won’t see me são simplesmente sensacionais.

Nowhere manUm clássico. Ponto. Escute e sinta toda a sua vibração.

George canta 2 canções: Think for yourself e If I needed someone. Gosto das músicas que ele compõe, sempre são simples e, ao mesmo tempo, complicadas. Em minha opinião, sua marca registrada.

Uma das mais divertidas é What Goes on, com Ringo nos vocais. Nem tanto pela letra, mas pelo seu jeito anasalado de cantar. O disco conta também com outras grandes músicas, como The Word, Run for your life e Wait. No geral, esse álbum começa a mostrar que os garotos de Liverpool estavam amadurecendo, mostrando a todos que conseguiam fazer bem mais que “Eu quero segurar na sua mão”. Girl e Michelle são um exemplo. Falam sobre garotas, de uma forma bela e triste. Em uma forma bem mais complexa das quais eles estavam acostumados, tanto na letra quanto na música. Girl é belíssima, John estava num momento abençoado quando a compôs e a interpretou. Michelle dispensa comentários. Escute e saberá do que estou falando.

Uma das minhas preferidas é I’m Lookin’trough you. Não sei o que dizer sobre ela, simplesmente me pega. Toda vez que a escuto me sinto diferente. E de um jeito bom. Ouça e me diga como você sente.

E, para finalizar… Tinha que ser ela. Talvez a música mais bela que já ouvi. Sua letra é fantástica e a melodia sensacional. É sempre um prazer inoxidável escutá-la. Assim como o filme O Poderoso Chefão mostra tudo o que um homem deve saber, In My Life fala tudo o que precisamos ouvir. Nada continua o mesmo, o que nos sobra são as pessoas com quem vivemos e os lugares que conhecemos. Certas coisas marcam mais que outras, e algumas marcam para sempre.

Esse disco marcou minha vida e espero que marque a sua também. Meu conselho é que você o escute quantas vezes conseguir, tenho certeza de que não irá se arrepender.

P.S.: Espero que tenham gostado. Nunca escrevi nada assim. Críticas, sugestões e comentários são sempre bem vindos!

Mais um caco espalhado por aí…

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