Bateu asas e voou, voou, voou…

Imagem: Adobe Firefly

Desde o final do ano passado, tenho vindo semanalmente à cidade de São Paulo, e toda vez que venho para cá é como se fosse a primeira vez. É impressionante a quantidade de pessoas que habitam esse, não tão pequeno, local. E esse oceano de pessoas me faz pensar na quantidade de histórias presentes aqui. São muitas faces, muitas histórias e muitas experiências, habitando em um caos harmonioso. A “desordem” da metrópole me lembra um formigueiro, pessoas indo e vindo num ritmo tão frenético e aparentemente desorganizado, que é impossível prestar atenção nos indivíduos, enxergamos somente a multidão.

Mas eu, pensador que sou, sempre que estou aqui, tento olhar as pessoas e com isso fantasio (não tenho informações suficientes para imaginar) o que se passa na vida de cada um. Dirigindo pelas ruas, observo e penso na rotina de cada uma delas, sobre como é a vida deles. As dificuldades, as alegrias. Que horas acordam, quanto tempo até chegarem aos seus trabalhos, que horas voltarão para casa? E de uma forma geral, tenho a certeza de que eu e meus entes queridos vivemos uma vida fantástica e não podemos, e nem temos motivo para, apesar dos perrengues, reclamar de nada. A vida na querida e pacata São Carlos é de fazer inveja.

Como um bom caipira que sou, fico matutando, são tantas pessoas habitando nosso planeta que somos irrelevantes se pensarmos num plano geral, e 1 a menos não faria uma diferença sequer. Somos um grão de areia numa praia. Mas para as pessoas mais próximas, aquelas com que convivemos diariamente, faríamos uma diferença incalculável, seríamos uma Perda, com P maiúsculo mesmo. Engraçado isso, não acham? Para tantos significamos tão pouco, quase ou praticamente nada, e para outros significamos muito, quase tudo.

Voltando às pessoas de São Paulo, estão tão distantes da minha caipira realidade que nunca que vou conseguir conhecer, entender e compreender a vida delas. E, pensando bem, trazendo o raciocínio para uma esfera menor, não conheço nem a história de meus vizinhos. Moro em um condomínio de edifício com 2 torres, somando algo em torno de 140 apartamentos. São 140 famílias que moram lá e, tirando um ou outro vizinho, não conheço a história de ninguém. Nossa rotina se resume aos educados Bom dia, boa tarde e Boa noite. Numa época em que a tecnologia traz pra perto os que estão longe, deixa mais distantes os que estão próximos.

2024 foi embora… como uma borboleta, bateu asas e voou, voou, voou… deu lugar a um novo ano, a um novo ciclo. E com ele chegam novas histórias e experiências a serem sentidas e vividas. Ganhamos mais 365 oportunidades de fazermos a diferença, na nossa vida e na dos outros.

Aproveite 2025 sem moderação!

Raízes – Renato Teixeira

Amanhecer
É uma lição do universo
Que nos ensina
Que é preciso renascer
O novo amanhece
O novo amanhece

 

Mais um caco espalhado por aí…

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